Imagem com fundo azul escuro. No canto superior esquerdo há um círculo em tons de roxo e azul. No canto superior direito há a figura de bolas roxas agrupadas. Na parte central está escrito: 2ª temporada, em branco e há o logo do Papo com Legenda. O logo é composto pela letra P, que tem a cor amarela, seu formato é semelhante a um ícone de balão de fala. No centro da letra P há uma vírgula de cor azul escura. No centro da imagem, ao lado do logo, está escrito em letras brancas Papo com Legenda. No canto inferior direito há um agrupamento de bolas rosas.
Nosso grupo de pesquisa MATAV voltou com o podcast Papo com Legenda no dia 30 de setembro. Os episódios são disponibilizados todas as sextas-feiras e tratam de temáticas variadas voltadas à discussão da acessibilidade, principalmente no âmbito cultural e cinematográfico. A data de lançamento da segunda temporada foi escolhida por ser o Dia do Tradutor e também o dia de comemoração de um ano do podcast.
A segunda temporada do podcast é repleta de entrevistas, cada episódio tem a participação de especialistas no assunto, que foram escolhidos para mostrar pontos de vista sobre os temas e falar sobre suas experiências. Os primeiros entrevistados foram Alessandra Pinho (Diretora e Produtora Executiva de cinema), Mauricio Santana (Proprietário da empresa Iguale), Kemi Oshiro (Sócia da empresa OVNI Acessibilidade Universal) e Bell Machado (audiodescritora e produtora cultural).
Nos episódios lançados até agora, foram tratados temas como: Representatividade de pessoas com deficiência no contexto cinematográfico; aplicativos, plataformas e equipamentos para acessibilidade no cinema; legendagem; e acessibilidade cultural pós-pandemia.
Os lançamentos dos episódios ocorrem toda sexta-feira por volta das 10h. Vale ressaltar que todo o conteúdo do podcast continua sendo postado no blog do MATAV, as transcrições podem ser acessadas através do menu “Podcast Papo Com Legenda – Temporada 2”.
Siga o Instagram @papocomlegenda para mais informações sobre o podcast e os lançamentos.
Imagem com fundo azul claro, o logo do Papo com Legenda está no centro da imagem. O logo é composto pela letra P, que tem a cor amarela, seu formato é semelhante a um ícone de balão de fala. No centro da letra P há uma vírgula de cor azul clara. No centro da imagem, ao lado do logo, está escrito em letras brancas Papo com Legenda. No canto superior e inferior da imagem há linhas variando entre as cores verde, rosa, azul e amarelo.
Nosso grupo de pesquisa MATAV vai lançar em 30 de setembro o podcast sobre acessibilidade audiovisual Papo com Legenda. A ideia de entrar para o universo das mídias sonoras surgiu no início de 2021, a partir da necessidade de divulgarmos para um público mais amplo as ações desenvolvidas pelo MATAV, especificamente nas temáticas que envolvem a produção audiovisual acessível para pessoas com deficiência visual e auditiva.
Em 2020, com a quarentena em todo país, realizamos diversas Lives e o alcance do público foi além de Bauru e do estado de São Paulo, conseguimos entrevistar uma audiodescritora brasileira que mora no Canadá. Percebemos, então, que o podcast teria ainda mais eficácia, pois além de ser um meio que pode ser acessado no momento que o usuário quiser, será um inventário de nossas produções. O conteúdo fica armazenado e podemos sempre usar.
Legenda para quem não ouve
Um grande diferencial do Papo com Legenda é que todo o conteúdo dos episódios será publicado no blog do MATAV, pois pensou-se também no acesso da pessoa com deficiência auditiva. Ou seja, haverá legenda para todos e todas. Basta a pessoa entrar no blog do Matav e acessar o menu Papo com Legenda
Quem faz o Papo com Legenda?
O podcast é coordenado pela líder do Grupo MATAV, Profa. Dra. Lucinéa Marcelino Villela, Doutora em Comunicação e Semiótica (PUC/SP) e Pós Doutora em Tradução Audiovisual (Universidade Autônoma de Barcelona), e as diversas funções são desempenhadas por uma equipe de alunos do Curso de Rádio, Televisão e Internet da UNESP/Bauru, além de outros voluntários do Curso de Design e deTradução da UNESP e ainda há profissionais das áreas de Letras e Tradução.
Pesquisa e Produção: Profa. Dra. Lucinéa Marcelino Villela
Roteiro: Gabriel H. Leite de Souza (RTVI/FAAC), Julia Ferreira da Silva (RTVI/FAAC), Natália Fernandes de Sena (RTVI/FAAC) e Walesson Almeida dos Santos (RTVI/FAAC).
Edição som: Gabriel H. Leite de Souza (RTVI/FAAC)
Apresentação: Lucinéa Marcelino Villela e Aniele de Macedo Estevo (Design/FAAC)
Trilha sonora: João Batista de Carvalho e Silva Signorelli (RTVI/FAAC)
Comunicação: Luiza Hidalgo (Tradutora/UNISAGRADO), Walesson Almeida dos Santos (RTVI/FAAC), Natália Fernandes de Sena (RTVI/FAAC) e Isabeli Bovério dos Santos (Tradutora/UNISAGRADO)
Transcrição: Ana Laura Dias (Tradução/IBILCE), Luiza Hidalgo (Tradutora/UNISAGRADO), Letícia Santos (Mestranda PPGEL/IBILCE) e Daniela Carvalho Souza (Licenciada em Letras)
A primeira temporada do podcast será composta por episódios sobre audiodescrição, dublagem, web acessível e mídia sonora acessível. As temáticas serão desenvolvidas por meio de uma introdução histórica e conceitual e, no segundo bloco, haverá entrevistas a especialistas e profissionais de cada área. Contaremos também com um episódio com participação de uma pessoa com deficiência visual, que atua em Porto Alegre como consultor em audiodescrição. Ele relatará, na perspectiva do usuário, as experiências de acesso ao audiovisual.
Os episódios serão lançados às quintas-feiras, a partir de 30 de setembro, e o episódio piloto será sobre audiodescrição (AD). Foram entrevistadas duas pioneiras em AD no Brasil que compartilharão com os ouvintes as etapas de produção de AD no Carnaval no Rio de Janeiro e São Paulo.
Dia do Tradutor: 30 de setembro
O lançamento ocorrerá no Dia do Tradutor, data comemorada em todos os países ocidentais, em homenagem a São Jerônimo, tradutor da Bíblia para o latim. As modalidades de audiodescrição e legendagem para surdos são estudadas dentro da área de Tradução Audiovisual e a líder do grupo MATAV é formada em Tradução pela UNESP, no IBILCE em São José do Rio Preto.
Descrição da imagem: imagem da capa do livro nas cores azul e branca. Na parte superior da imagem há o nome da autora Lívia Maria Villela de Mello Motta em letras brancas. Abaixo o título do livro na cor verde e o subtítulo na cor amarela AUDIODESCRIÇÃO NA ESCOLA: abrindo caminhos para leitura de mundo. Na parte central da capa do livro há uma gravura de uma sala de aula, assinada por Ricardo Ferraz. Na frente sala, aparece uma professora em pé, vestida de saia e blusa de manga curta, no lado esquerdo de seu rosto há um balão com os dizeres: O homem de chapéu preto, bigode e barba branca. A mão esquerda da professora indica uma tela com a pintura de um homem com chapéu preto, barba e bigode brancos. Ele está apenas com o olho esquerdo aberto, atrás dele há um papagaio colorido, ao fundo aparecem montanhas e parte da imagem do sol. À frente da professora há várias carteiras com crianças sentadas com livros abertos em cima da carteira. Um aluno está sentado em uma cadeira de rodas e outro garoto usa óculos escuros. Na janela à direita há a imagem de uma parte do globo terrestre. Na parte inferior da capa do livro aparece escrito PONTES, nome da editora.
O livro Audiodescrição na escola: abrindo caminhos para leitura de mundo, publicado em 2016, é da autoria de Lívia Maria Villela de Mello Motta, Doutora em Linguística Aplicada pela PUC de São Paulo. Além de promover a audiodescrição em diversos eventos, Lívia Motta também é pioneira em AD no Brasil e é formadora de dezenas audiodescritores.
Audiodescrição na Escola é dividida em nove capítulos, cada qual denominado de modo a sintetizar o que será abordado: primeiro capítulo (prefácio por Marta Gil) – A audiodescrição: uma maneira de vi-ver o mundo; segundo capítulo – A audiodescrição na escola: abrindo caminhos para leitura de mundo; terceiro capítulo – Audiodescrição de imagens estáticas em livros didáticos; quarto capítulo – Aprendendo a descrever fotografias, charges, cartuns, tirinhas e histórias em quadrinhos; quinto capítulo – Exibição de filmes em sala de aula e a participação de alunos com deficiência visual; sexto capítulo – Contação de histórias com audiodescrição; sétimo capítulo – O uso do quadro e de arquivos power point – verbalizar é preciso; oitavo capítulo – Audiodescrição em atividades extracurriculares como teatro, passeios, feiras e exposições; nono capítulo – Um poema para concluir audiodescrição na escola para todos.
O prefácio resume e expressa a opinião de Marta Gil sobre a obra de Motta e sobre a necessidade da utilização da audiodescrição nas escolas. Já os demais capítulos trazem diversas questões a serem consideradas para que haja mais atividades e recursos audiodescritos durante o processo de ensino-aprendizado, tornando, assim, a escola um ambiente inclusivo que promova a acessibilidade.
Dentre estas questões abordadas ao longo da obra, podem ser destacadas: a definição do conceito de audiodescrição; as ideias de atividades de conscientização sobre a deficiência visual; a importância da visualização com o auxílio da audiodescrição das imagens presentes nos livros didáticos; as orientações para audiodescrição de vários tipos de imagens, de características fisionômicas, de personagens; as orientações para elaboração de roteiros de audiodescrição de filmes; as sugestões de atividades que trazem audiodescrição e que podem ser beneficiadas pelo conhecimento desse recurso (como a contação de histórias, no sexto capítulo); os tipos de livros existentes que trazem uma maior acessibilidade de conteúdo para aqueles que tem baixa ou nenhuma visão (audiolivros, livros daisy, livros em braile e ampliados); a reflexão acerca da necessidade de estratégias, como a verbalização e a audiodescrição; o incentivo a passeios escolares com mais recursos acessíveis, bem como a promoção de outras atividades extracurriculares (como a produção de uma peça de teatro pelos alunos).
Pode-se observar que Motta trouxe um livro que apresenta uma excelente organização da disposição de capítulos, bem como a divisão dentro de cada um, apresentando ao final de cada capítulo, com exceção do primeiro e do último, todas as referências que utilizou. Essa organização junto à linguagem de fácil compreensão e à toda exemplificação, proporciona uma leitura ao mesmo tempo reflexiva, dinâmica e motivante.
Além disso, o livro em si é a prova de que é possível trazer um material acessível de qualidade, visto que o título e o nome da editora estão também em braile na capa, tanto a capa quanto as imagens e as charges possuem descrições, e o livro ainda conta com um audiobook (livro falado) no formato de Cd.
Sabendo que Audiodescrição na escola é um livro que procura levar o conhecimento sobre audiodescrição para o âmbito escolar e universitário, gerando mais acessibilidade e inclusão, e levando em consideração a riqueza dos detalhes apresentados ao longo escrita de Motta, este livro é ideal para todos os profissionais envolvidos com o planejamento acadêmico, em especial os professores, que buscam levar a todos os estudantes um ensino de qualidade. Sua leitura também é recomendada aos profissionais do meio audiovisual, tradutores, bem como àqueles que possuam interesse em temáticas voltadas à acessibilidade ou que queiram conhecer mais sobre o assunto.
MOTTA, Lívia Maria Villela de Mello. Audiodescrição na escola: abrindo caminhos para leitura de mundo. 1. Ed. Campinas, SP: Pontes Editores, 2016.
Descrição da imagem: convite de divulgação com fundo cor de vinho. À esquerda em letras amarelas e brancas: 10 a 14 de abril. Assim Vivemos Online – Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência http://www.assimvivemos.com.br . À direita, foto de uma mulher negra em uma cadeira de rodas com um sorriso largo. Ela é calva e usa óculos. Está com o braço esquerdo ao longo do corpo e o direito apoiado no braço da cadeira. Usa vestido amarelo com estampa de flores cor de laranja e azuis e bijuterias douradas. Abaixo da foto, escrito em branco: Mona Rikumbi é atriz, dançarina, enfermeira e ativista. Na parte de baixo do convite: Produção: Cinema Falado. Apoio: Centro Cultural Banco do Brasil e Anaísa Raquel Produções. Patrocínio: Secretaria de Cultura e Economia Criativa , Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Pátria Amada Brasil – Governo Federal.
O Blog MATAV colabora com a divulgação do Festival Assim Vivemos on Line. Seguem as informações enviadas pelos organizadores do evento.
Histórias de vidas, de amores, dúvidas, aceitações e frustrações. Trajetórias que perguntam, que buscam pertencimento, soluções, espaços e trocas. O Festival Assim Vivemos Online apresenta um conjunto de filmes e debates transformadores. Uma experiência marcante que propõe a reflexão sobre a riqueza e a beleza da diversidade humana. Um lugar de propostas para a construção de uma sociedade mais diversa, compartilhada e interessante.
Nesta edição, que conta com recursos da Lei Aldir Blanc, serão exibidos filmes de diversos países, que marcaram as edições anteriores do Festival, além de dois filmes brasileiros inéditos. Um mosaico abrangente e rico de como as questões são abordadas em diferentes contextos e culturas. A programação ainda conta com debates e materiais didáticos divididos em quatro temas: Arte e Diversidade, Escola e Vida Independente, Vida Amorosa e Autonomia e Autismo e Neurodiversidade. Toda a programação conta com recursos de acessibilidade comunicacional, nesta edição que permitirá a ampliação do Assim Vivemos para pessoas de todos os lugares.
Realizado desde 2003, o Assim Vivemos – Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência, é o mais importante festival de cinema sobre o tema e foi o primeiro a disponibilizar o recurso da audiodescrição para pessoas cegas e de baixa visão no Brasil. Acontece de forma presencial no Centro Cultural Banco do Brasil, trazendo o melhor da produção audiovisual mundial e nacional sobre o tema, com a primordial participação de pessoas com deficiências em debates e oficinas.
#ParaCegoVer: Na imagem, um headphone vermelho, conectado a um fio vermelho e com o interior acolchoado cinza, repousa sobre um livro aberto em uma mesa de madeira.
O livro falado surgiu como um recurso eficaz para viabilizar a acessibilidade no Brasil. Ele é uma tecnologia assistiva que serve para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com baixa visão ou cegas. Seu conteúdo, ao contrário dos audiolivros, é disposto por meio de leitura branca, ou seja, objetiva e sem dramatização por parte do ledor, possibilitando diversas interpretações da obra.
Esses livros também podem fazer o uso da audiodescrição, que consiste na tradução de imagens em palavras. Desta forma, todos têm acesso às informações fornecidas durante a leitura por meio de gráficos, imagens, desenhos etc. A audiodescrição é bastante encontrada em livros infantis, que fazem o uso frequente de imagens para contar partes da história.
O pioneiro do livro falado no Brasil foi o professor cego Beno Arno Marquardt, que inicialmente organizava um pequeno grupo de leituras de livros em Braile. Algum tempo depois, com ajuda da ledora Lenora Andrada, fundou o Clube da Boa Leitura, uma biblioteca de livros em áudio com sede no Rio de Janeiro. Entretanto, essa prática só foi popularizada a partir da década de 1980, com o surgimento das fitotecas, que eram espaços dentro de uma biblioteca que disponibilizavam parte do seu acervo em fitas cassete.
Atualmente, é possível encontrar um Livro Falado no formato de CD em diversas bibliotecas e instituições, como o Instituto Benjamin Constant e a Fundação Dorina Nowill Para Cegos, que disponibilizam o livro gratuitamente e enviam para todo o território nacional por meio dos Correios. O link do acervo de ambas as bibliotecas pode ser encontrado no final da publicação.
Conceitos chave:
Audiodescrição: Recurso que traduz imagens em palavras, permitindo que pessoas cegas ou com baixa visão consigam compreender conteúdos audiovisuais ou imagens estáticas
Ledor: Pessoa que empresta aos cegos e deficientes visuais através de sua voz a possibilidade da leitura de diferentes textos.
Tecnologia Assistiva: Conjunto de tecnologias, dispositivos, artefatos e programas que contribuem para que a vida em sociedade da pessoa com deficiência seja facilitada, melhorando suas habilidades funcionais para que ela tenha mais autonomia e inclusão.
Matéria de João Batista de Carvalho e Silva Signorelli
Lívia Motta apresentará palestra que destaca a importância e os desafios da acessibilidade para pessoas com deficiência visual no Brasil.
#pracegover #pratodosverem: Fotografia colorida de Lívia Motta. Ela está sorridente, usa óculos, batom vermelho claro, veste uma camisa branca e um colar com várias voltas metalizadas e em pedras.
Nos próximos dias 16 a 18 de setembro, ocorrerá no Campus de Bauru da UNESP, a XXI Jornada Multidisciplinar – 2019, que terá como tema a Crise nas Humanidades: Inclusão e Resistência em Tempos de Retrocesso. Além das diversas atividades e apresentações de Comunicações, Oficinas e Projetos, a FAAC receberá convidados especiais que em palestras e conferências irão destacar diferentes facetas do tema da Jornada 2019.
Dentre estes, destaca-se Lívia Maria Villela de Mello Motta, que além de ter mestrado e doutorado em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), é audiodescritora, formadora de audiodescritores, e diretora da empresa Ver Com Palavras, que realiza audiodescrições para diversos tipos de espetáculos, eventos, e produtos audiovisuais e editoriais.
Lívia é a pioneira nesse recurso de acessibilidade no Brasil, tendo sido responsável pela primeira audiodescrição de uma peça de teatro e de ópera, além de ter organizado a primeira obra sobre audiodescrição e acessibilidade cultural no país, o livro “Audiodescrição: transformando imagens em palavras”.
No evento da FAAC, apresentará a palestra “Audiodescrição e inclusão cultural: aprendendo a expandir o olhar”.
A palestra/oficina de Lívia Motta objetiva discutir e oferecer oportunidades de reflexão sobre a audiodescrição, recurso de acessibilidade comunicacional e modalidade de tradução audiovisual intersemiótica, que possibilita a expansão do olhar, transformando imagens em palavras e ampliando, desta forma, o entendimento e a experiência estética de pessoas com deficiência visual em espetáculos, eventos e produtos audiovisuais por meio de informação sonora. Além do conceito e das diferentes possibilidades de aplicação, serão apresentados também os avanços e dificuldades da implementação do recurso no Brasil.
Ela será realizada na Quarta-Feira, 18 de Setembro, às 8h30, no Auditório Adriana Chaves (Central de Salas), na Faculdade de Artes, Arquitetura e Comunicação (FAAC), no Câmpus de Bauru da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP).
A palestra é gratuita e aberta ao público.
Quem quiser receber CERTIFICADO deve fazer inscrição para a XXI Jornada Multidisciplinar na Secretaria do DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS (DCHU). Telefone (14) 3103-6064
Há duas modalidades de inscrições
Com APRESENTAÇÕES DE TRABALHOS de 22/08 a 05/09.
Para OUVINTES de 22/08 a 16/09.
Abaixo o link com todas as informações da XXI Jornada Multidisciplinar.
As férias de inverno estão quase chegando e para quem mora em algumas cidades do estado de São Paulo há boas oportunidades para assistir espetáculos com acessibilidade.
Encontrar uma peça ou exposição acessível tornou-se uma tarefa mais fácil nos sites brasileiros de divulgação cultural, basta prestar atenção em Tags ou ícones que indicam os recursos de Audiodescrição ou Libras, por exemplo.
No site do Itaú Cultural, para todos os eventos anunciados há as indicações dos recursos oferecidos para as pessoas com deficiência auditiva ou visual. Outro diferencial é a acessibilidade em LIBRAS que está disponível em todos os conteúdos da homepage por meio do aplicativo ProDeaf. A pessoa surda poderá entender todas as matérias em LIBRAS, basta clicar no ícone do aplicativo e, em seguida, selecionar trecho a trecho do texto e uma intérprete virtual traduz em Língua Brasileira de Sinais o conteúdo que está em português.
O MATAV indica duas peças com recursos de acessibilidade que estarão em cartaz em junho e que são produzidas com apoio do Itaú Cultural.
#paraCegoVer #paraTodosVerem (descrição da imagem) Foto colorida de atores do grupo Folias d’Arte. Todos os atores estão vestidos de preto, eles estão em pé em um círculo. Na frente da foto está uma atriz de cabelos curtos, de cor avermelhada, ela usa óculos e está com os braços e mãos cruzados cobrindo seu peito. A foto tem fundo preto. (fim da descrição)
A peça de Reinaldo Maia apresenta a história de uma menina que é acusada de comer uma banana no Reino das Bananas. O reino, que é comandado pelo Rei Leonino e por seu grupo de girafas e gorilas, possui outros animais que estão perdendo suas funções sociais. O desfecho da peça é decidido pelo público.
O grupo Folias d’Arte foi formado em 1997 e seus espetáculos tratam dos problemas da sociedade contemporânea. O grupo já recebeu cerca de 50 prêmios, incluindo os prêmios Shell, APCA e Molière.
Serviço: Chiquita Bacana no Reino das Bananas [com interpretação em Libras e audiodescrição].
Itaú Cultural São Paulo
Endereço: Avenida Paulista 149 São Paulo SP – [Estação Brigadeiro do metrô]
Sábados 22 e 29 e domingos 23 e 30 de junho de 2019 às 15h [nos dias 29 e 30, o espetáculo conta com audiodescrição] [duração aproximada: 60 minutos] Sala Multiúso (piso 2) – 70 lugares
Joaquim, o Fusca que Contava Histórias
#PraCegoVer #PraTodosVerem. (descrição da foto) Fotografia colorida com quatro atrizes encostadas na frente de um fusca branco em uma praça. Elas vestem vestidos rosa, amarelo, azul e laranja e seguram uma faixa longa feita de tecidos coloridos. Sorriem para a câmera. (fim da descrição)
Um projeto itinerante de contação de histórias que usa como base de transporte e fonte de causos um tradicional Fusca branco de 1978, chamado Joaquim. Assim é “Joaquim, o Fusca que Contava Histórias”, projeto criado pelo gRUPO êBA!, que de 9 a 11 de junho irá percorrer as cidades de São Luiz do Paraitinga, Taubaté e São José dos Campos, na região do Vale do Paraíba.
A intervenção consiste na apresentação de um espetáculo inédito, A Menina das Meias Vermelhas, seguida de um convite para que o espectador entre no Fusca e, sentado no banco do motorista, compartilhe a própria história, protesto ou o que tiver vontade de contar. A equipe artística é composta de três contadoras de histórias ouvintes que utilizam a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e de uma contadora surda. Todo o espetáculo será acompanhado por elementos percussivos e visuais, e narrado em Libras e português simultaneamente.
Serviço: Joaquim, o Fusca que Contava Histórias
domingo 9 de junho de 2019 às 14h30
Largo do Rosário [apresentação aberta ao público]
São Luiz do Paraitinga, SP
segunda 10 de junho de 2019 às 14h
Emief Anna dos Reis Signorini [apresentação fechada para alunos]
Jardim Jaraguá, Taubaté, SP
terça 11 de junho de 2019 às 15h30
Emef Profa Maria Aparecida dos Santos Ronconi [apresentação fechada para alunos]
R. Ana Gonçalves da Cunha, 400, Jardim Jussara, São José dos Campos, SP
Filme japonês revela a sensibilidade na audiodescrição
Matéria: Bruna Tastelli
#ParaCegoVer: Foto colorida apresenta uma sala com cerca de vinte carteiras escolares. Há vários jovens sentados, alguns estão olhando para uma tela de projeção de filmes, outros conversam descontraídos. Uma das jovens entrega um saco de pipoca de embalagem vermelha para sua colega. Ela está vestida com uma camiseta preta com a logomarca do MATAV e shorts.
No dia 10 de abril, o CineMatav exibiu o filme Esplendor (2017) na sala de projeção da biblioteca da Unesp Bauru. Com muita pipoca e olhares atentos, os alunos que compareceram puderam adentrar no universo da audiodescrição, tema central do filme de Naomi Kawase.
O longa se inicia com uma narração em off que descreve as cenas de uma típica cidade grande: muita agitação nas ruas, carros barulhentos e pessoas seguindo o fluxo cotidiano. A narradora é a audiodescritora Misako Ozaki (Ayame Misaki), que faz consultoria com grupos de deficientes visuais para avaliar o seu trabalho. Misako tem um olhar atencioso a tudo que a cerca na tentativa de descrever o mundo com precisão para aqueles que não podem enxergar. No entanto, tal precisão é questionada por Masaya Nakamori (Masatoshi Nagase), um fotógrafo que frequenta o grupo e está perdendo sua visão gradativamente.
O que incomoda Masaya é a suposta interferência pessoal de Misako na audiodescrição de um filme durante uma sessão-teste, como se ela estivesse forçando sensações nos ouvintes por meio de uma percepção particular das emoções dos personagens. Em meio a críticas do fotógrafo, que está frustrado com a cegueira cada vez mais próxima, a audiodescritora busca aprimorar seu trabalho enquanto lida com a mãe que precisa de cuidados especiais. A relação entre os dois protagonistas sustenta a narrativa até o fim, desencadeando em um romance pouco convencional.
A diretora Naomi Kawase utiliza a câmera em primeiro plano na maioria das cenas, de forma que o espectador veja detalhes importantes que passariam despercebidos em um plano mais aberto. Ela também acertou em cheio nas cenas em que a perspectiva utilizada foi a da câmera Rolleiflex que o fotógrafo Masaya manuseava, fazendo dela seus olhos e seu coração.
Conhecida por trazer sensações e emoções em seus filmes, Kawase concretiza a experiência de Esplendor com uma trilha sonora impecável e um jogo de luzes muito presente – como o reflexo de um prisma ou o do sol forte que ilumina o rosto de Misako e sua mãe –, o que explica o nome do filme.
A coordenadora do Matav, Lucinéa Villela, conta que a escolha do filme para a primeira sessão do CineMatav do ano foi para mostrar esse mundo tão pouco explorado no cinema, mas ao mesmo tempo tão próximo: “A maneira como a protagonista é retratada é muito fiel ao ofício de audiodescrição. De fato, os audiodescritores trabalham com consultoria em instituições de pessoas com deficiência visual”, comenta Lucinéa.
Costumo anotar algumas frases dos filmes que vejo e a frase mais impactante de Esplendor foi dita por uma das integrantes do grupo de deficientes visuais: “O cinema ‘vive’ em um mundo vasto e frente a essa vastidão nossas palavras são pequenas, mas não devemos desprezá-las”.
Evento conta com audiodescrição e interpretação dos sambas de enredo em LIBRAS.
Matéria: Bruno Ferreira Entrevista: Lucinéa Villela
#ParaCegoVer: Na foto, as audiodescritoras Lívia Motta e Marisa Pretti estão em uma cabine de vidro no Camarote da Cidade, no Sambódromo do Anhembi. As duas estão com camisetas pretas com logotipo laranja no peito esquerdo, em forma de peão. Há um microfone e um computador à frente de cada uma. As duas olham atentamente para fora da cabine. Lívia aponta com o dedo chamando a atenção de Marisa. (Foto: Raoni Reis)
Nos dias 1 e 2 de março, as empresas “Ver com Palavras” e “As Meninas dos Olhos” se uniram numa parceria para audiodescrever os desfiles das escolas de samba em São Paulo, no Sambódromo do Anhembi. Os profissionais fizeram a audiodescrição dos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial — que, em uma analogia com o futebol, é a “Série A” do Carnaval paulistano.
Os recursos de acessibilidade ficaram disponíveis no Camarote da Cidade, por meio da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência (SMPED). Para os surdos, havia um telão projetando a interpretação em LIBRAS dos sambas de enredo. As pessoas com deficiência visual, por sua vez, receberam aparelhos receptores de áudio e fones de ouvido, por onde escutavam a audiodescrição. Os aparelhos funcionavam em todo o perímetro do camarote, de modo que seus usuários pudessem transitar livremente pelo espaço. A audiodescrição ainda foi transmitida ao vivo pelo Facebook, na página da SMPED, permitindo que pessoas do Brasil inteiro tivessem acesso ao desfile.
O blog do MATAV entrevistou Lívia Motta, diretora da empresa “Ver com Palavras”. Ela explica que não basta reunir profissionais experientes no dia do evento, porque a audiodescrição envolve muito mais do que simplesmente articular em palavras o que veem os olhos. É preciso um preparo especial: “O Carnaval é um evento vibrante e intenso, que, tal qual um musical ou uma ópera, exige um conhecimento específico, um mergulho no enredo de cada escola para a elaboração dos roteiros. O acesso às informações, entretanto, torna-se mais difícil devido à confidencialidade, à necessidade de absoluto sigilo. Também o dinamismo e estruturação da apresentação de cada escola impõem um ritmo diferenciado à elaboração de roteiros e narração. Com relação à narração, destacamos a importância de se colocar entusiasmo na voz para estar dentro do clima deste gênero de apresentação.”
A equipe, composta por seis audiodescritores e um consultor com deficiência visual, se empenhou em levantar informações sobre cada uma das catorze escolas que desfilariam nas noites de sexta e sábado. Eles tiveram cerca de quinze dias para ver os ensaios no sambódromo, falar com os dirigentes e componentes das escolas, estudar a história e a terminologia do Carnaval. A empresa “As Meninas dos Olhos” fez a audiodescrição do Carnaval nos dois últimos anos e o consultor Laercio Santanna já havia assistido ao Carnaval com acessibilidade no ano anterior, o que foi fundamental nesse estágio.
#ParaCegoVer: No Camarote da Cidade, quatro pessoas com deficiência visual estão sentadas, vestidas com camisetas amarelas e usando aparelhos receptores e fones de ouvido. Da esquerda para a direita, estão um homem sorridente de barba grisalha pressionando o fone sobre a orelha com uma das mãos, uma senhora de cabelos castanhos, um homem de boina e uma moça de tiara amarela. (Foto: Raoni Reis)
Lívia Motta relatou que este ano houve menos ingressos para o Camarote da Cidade, apenas 20 convites foram disponibilizados para as pessoas com deficiência visual: “Contamos com a presença de aproximadamente 15 pessoas com deficiência visual no primeiro e no segundo dia de desfile”, afirma a audiodescritora.
Mesmo assim, a recepção pelo público tem sido animadora. Alessandro Silva, jovem com deficiência visual, é ritmista e desfilou na bateria da Acadêmicos do Tucuruvi, na sexta-feira. Na noite seguinte, no sábado, ele esteve no Camarote da Cidade, para assistir pela primeira vez a um desfile com audiodescrição. Ele assistiu o tempo todo com o recurso e adorou. “Não sabia nem que existia isso,” disse animado. Alexandre Toco, administrador de empresas, também se empolgou com a audiodescrição: “É minha primeira experiência de muitas,” ele diz. “Totalmente diferente assistir o Carnaval aqui, é outra energia e a gente viaja com a audiodescrição. Tomara que todo mundo possa ter essa experiência. Vale a pena demais.”
#ParaCegoVer: Na foto, sete pessoas abraçadas posam sorridentes para a câmera. Elas estão no Sambódormo do Anhembi. Da esquerda para a direita: Fátima Angelo, Rosângela Fávaro, Marisa Pretti, Andréia Paiva, Laercio Santanna, Lívia Motta e César Tunas. Laercio, o consultor da equipe, usa uma camisa polo vermelha com listras horizontais brancas. Os demais integrantes do grupo usam uniforme preto com logotipo laranja em forma de peão no peito esquerdo. (Foto: Raoni Reis)
O grupo MATAV continuará a defender em 2019 o direito ao acesso irrestrito e igualitário a todo conteúdo audiovisual para pessoas com deficiências visuais e auditivas.
Nossa forma de RESISTÊNCIA contra o preconceito, ignorância e intolerância sempre será produzir cada vez mais legendas descritivas, audiodescrições e diversas formas de acessibilidade para nossos usuários e parceiros.
Desejamos a todos um Novo Ano repleto de coragem, alegria e disposição para tornar o mundo audiovisual cada vez mais inclusivo.
#PraCegoVer: Na primeira fotografia colorida há oito membros do MATAV no meio do palco do Teatro Municipal de Bauru. Todos estão vestidos com camisetas pretas de manga curta com a logomarca do MATAV no centro da camiseta. O grupo todo sorri e olha para frente. À direita da imagem há uma cortina preta e no fundo, à direita do grupo, aparecem alguns instrumentos de percussão.
Na segunda fotografia colorida há nove jovens com vendas pretas que sorriem para fazer pose para uma selfie. Eles estão em pé, alguns gesticulam as mãos para a câmera em uma sala de aula com paredes brancas e carteiras ao fundo.