Dicas de serviços sobre acessibilidade: Boletim da Acessibilidade Audiovisual

Leila Felipini

#pracegover #paratodosverem

Descrição da imagem: imagem da plataforma SoundCloud. Na barra de rolagem, aparecem as abas SoundCloud, Início, Stream, Biblioteca, Pesquisa, Entrar, Criar Conta e Upload nas cores preta, cinza e laranja. Na parte central, aparece uma seta branca dentro de um círculo laranja, ao lado estão escritas as palavras TraduSound, Boletim da Acessibilidade Audiovisual 84. No lado direito da imagem, detalhe das obras da exposição Toque, do artista plástico Helio Schonmann. Em branco, diversos autorretratos em relevo estão dispostos na parede e em uma coluna também na cor branca. 

O primeiro Boletim da Acessibilidade Audiovisual foi ao ar em março de 2019 para o programa Espaço da Inclusão, de Felipe Diogo, pela Rádio Paraty e retransmissoras. Atualmente, o programa é transmitido pela Rádio Teletema e retransmissoras, pelas Rádios Web, e fica hospedado no SoundCloud e no Megafono. Até o momento, foram publicados 84 boletins, e a edição de abril apresenta uma entrevista com o artista plástico Helio Schonmann, idealizador de diversas exposições de arte com acessibilidade para diferentes públicos. Entre elas, Exposição interativa “TOQUE”, a qual apresenta obras para serem vistas e tocadas.  Esse mesmo Boletim apresenta o quadro Peripécias de uma cega com Dayane Bubalo e uma entrevista com Graciela Pozzobon, do Festival Assim Vivemos, primeiro evento a ter audiodescrição no Brasil.

Ana Julia Perrotti é a idealizadora, redatora-chefe, entrevistadora e apresentadora. Atualmente, a jornalista Denise Aleluia está colaborando na prospecção de conteúdo e redação de algumas matérias. 

O temas dos Boletins estão relacionados à acessibilidade em geral. O foco principal é a audiodescrição, mas também há notícias sobre línguas de sinais, legendas, cursos na área, entrevistas com expoentes e ativistas das causas relativas aos direitos das pessoas com deficiência.

O processo de produção dos Boletins é colaborativo e a seleção do conteúdo é bastante orgânica. O Boletim recebe indicações de ouvintes e contatos de pessoas produtoras de conteúdo cultural, além de prospectar temas com base nas datas comemorativas (como Dia da Mulher, Dia do Cão Guia, Dia do Braille, Virada Inclusiva, entre outros).

Para conhecer mais sobre os Boletins da Acessibilidade Audiovisual, acesse 

https://tradusound.com.br/

Festival Assim Vivemos On line

Descrição da imagem: convite de divulgação com fundo cor de vinho. À esquerda em letras amarelas e brancas: 10 a 14 de abril. Assim Vivemos Online – Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência http://www.assimvivemos.com.br . À direita, foto de uma mulher negra em uma cadeira de rodas com um sorriso largo. Ela é calva e usa óculos. Está com o braço esquerdo ao longo do corpo e o direito apoiado no braço da cadeira. Usa vestido amarelo com estampa de flores cor de laranja e azuis e bijuterias douradas. Abaixo da foto, escrito em branco: Mona Rikumbi é atriz, dançarina, enfermeira e ativista. Na parte de baixo do convite: Produção: Cinema Falado. Apoio: Centro Cultural Banco do Brasil e Anaísa Raquel Produções. Patrocínio: Secretaria de Cultura e Economia Criativa , Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Pátria Amada Brasil – Governo Federal.

O Blog MATAV colabora com a divulgação do Festival Assim Vivemos on Line. Seguem as informações enviadas pelos organizadores do evento.

Histórias de vidas, de amores, dúvidas, aceitações e frustrações. Trajetórias que perguntam, que buscam pertencimento, soluções, espaços e trocas. O Festival Assim Vivemos Online apresenta um conjunto de filmes e debates transformadores. Uma experiência marcante que propõe a reflexão sobre a riqueza e a beleza da diversidade humana. Um lugar de propostas para a construção de uma sociedade mais diversa, compartilhada e interessante.

Nesta edição, que conta com recursos da Lei Aldir Blanc, serão exibidos filmes de diversos países, que marcaram as edições anteriores do Festival, além de dois filmes brasileiros inéditos. Um mosaico abrangente e rico de como as questões são abordadas em diferentes contextos e culturas. A programação ainda conta com debates e materiais didáticos divididos em quatro temas: Arte e Diversidade, Escola e Vida Independente, Vida Amorosa e Autonomia e Autismo e Neurodiversidade. Toda a programação conta com recursos de acessibilidade comunicacional, nesta edição que permitirá a ampliação do Assim Vivemos para pessoas de todos os lugares.

Realizado desde 2003, o Assim Vivemos – Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência, é o mais importante festival de cinema sobre o tema e foi o primeiro a disponibilizar o recurso da audiodescrição para pessoas cegas e de baixa visão no Brasil. Acontece de forma presencial no Centro Cultural Banco do Brasil, trazendo o melhor da produção audiovisual mundial e nacional sobre o tema, com a primordial participação de pessoas com deficiências em debates e oficinas.

Toda a programação no link https://assimvivemos.com.br/2021/online/

Livro falado

Matéria de Ana Laura Dias.


#ParaCegoVer: Na imagem, um headphone vermelho, conectado a um fio vermelho e com o interior acolchoado cinza, repousa sobre um livro aberto em uma mesa de madeira.

O livro falado surgiu como um recurso eficaz para viabilizar a acessibilidade no Brasil. Ele é uma tecnologia assistiva que serve para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com baixa visão ou cegas. Seu conteúdo, ao contrário dos audiolivros, é disposto por meio de leitura branca, ou seja, objetiva e sem dramatização por parte do ledor, possibilitando diversas interpretações da obra.

Esses livros também podem fazer o uso da audiodescrição, que consiste na tradução de imagens em palavras. Desta forma, todos têm acesso às informações fornecidas durante a leitura por meio de gráficos, imagens, desenhos etc. A audiodescrição é bastante encontrada em livros infantis, que fazem o uso frequente de imagens para contar partes da história.

O pioneiro do livro falado no Brasil foi o professor cego Beno Arno Marquardt, que inicialmente organizava um pequeno grupo de leituras de livros em Braile. Algum tempo depois, com ajuda da ledora Lenora Andrada, fundou o Clube da Boa Leitura, uma biblioteca de livros em áudio com sede no Rio de Janeiro. Entretanto, essa prática só foi popularizada a partir da década de 1980, com o surgimento das fitotecas, que eram espaços dentro de uma biblioteca que disponibilizavam parte do seu acervo em fitas cassete.

Atualmente, é possível encontrar um Livro Falado no formato de CD em diversas bibliotecas e instituições, como o Instituto Benjamin Constant e a Fundação Dorina Nowill Para Cegos, que disponibilizam o livro gratuitamente e enviam para todo o território nacional por meio dos Correios. O link do acervo de ambas as bibliotecas pode ser encontrado no final da publicação.

Conceitos chave:

Audiodescrição: Recurso que traduz imagens em palavras, permitindo que pessoas cegas ou com baixa visão consigam compreender conteúdos audiovisuais ou imagens estáticas

Ledor: Pessoa que empresta aos cegos e deficientes visuais através de sua voz a possibilidade da leitura de diferentes textos.

Tecnologia Assistiva: Conjunto de tecnologias, dispositivos, artefatos e programas que contribuem para que a vida em sociedade da pessoa com deficiência seja facilitada, melhorando suas habilidades funcionais para que ela tenha mais autonomia e inclusão.

http://www.ibc.gov.br/images/conteudo/DTE/DPME/2020/listagem-livros-falados-2020.pdf

http://www.dorinateca.org.br/agora/doc.cfm?id_doc=2072