DESEJOS PARA 2019!

O grupo MATAV continuará a defender em 2019 o direito ao acesso irrestrito e igualitário a todo conteúdo audiovisual para pessoas com deficiências visuais e auditivas.

Nossa forma de RESISTÊNCIA contra o preconceito, ignorância e intolerância sempre será produzir cada vez mais legendas descritivas, audiodescrições e diversas formas de acessibilidade para nossos usuários e parceiros.

Desejamos a todos um Novo Ano repleto de coragem, alegria e disposição para tornar o mundo audiovisual cada vez mais inclusivo.

 

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#PraCegoVer: Na primeira fotografia colorida há oito membros do MATAV no meio do palco do Teatro Municipal de Bauru. Todos estão vestidos com camisetas pretas de manga curta com a logomarca do MATAV no centro da camiseta. O grupo todo sorri e olha para frente. À direita da imagem há uma cortina preta e no fundo, à direita do grupo, aparecem alguns instrumentos de percussão.
Na segunda fotografia colorida há nove jovens com vendas pretas que sorriem para fazer pose para uma selfie. Eles estão em pé, alguns gesticulam as mãos para a câmera em uma sala de aula com paredes brancas e carteiras ao fundo.

Microsoft usa inteligência artificial para promover acessibilidade

Em comemoração ao Dia internacional das Pessoas com deficiência empresa divulga recursos de legendas para Skype e Powerpoint

 

No dia 3 de dezembro a Microsoft apresentou um novo recurso de legendas ao vivo para o Skype e PowerPoint em celebração ao Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, uma iniciativa ONU. O aplicativo Skype é conhecido como uma rede social de videochamadas online e agora contará com legendas em tempo real, uma ferramenta de inclusão para facilitar a comunicação de pessoas com deficiência auditiva.

Para ativar as legendas em uma chamada é só clicar no botão + que aparece na tela e selecionar “ativar legenda”. Mas, se você deseja habilitar a live legendas para todas as conversas no Skype, selecione sua imagem de perfil > Configurações > Chamadas > Legendas de chamadas > Mostrar as legendas de todas as chamadas de voz e vídeo.

Assim que habilitadas, as legendas irão rodar na chamada automaticamente, mas também ficarão registradas em outra guia para que possam ser acessadas facilmente e lidas posteriormente.  

Outro conhecido programa da Microsoft, o PowerPoint, ganhará em sua mais nova versão a função de closed caption (legendas automáticas) na produção de slides. Essa foi outra solução da empresa para que pessoas com deficiência auditiva possam utilizar seus programas com autonomia e praticidade. Mais uma vez com uso da inteligência artificial, de acordo com a empresa, o programa reconhecerá 10 línguas faladas e poderá transcrever e traduzir automaticamente para mais de 60 idiomas.

A nova ferramenta do Skype já está disponível para versão 8 tanto para computadores quanto para dispositivos móveis e faz parte de um projeto de inteligência artificial da Microsoft, que também está desenvolvendo programa de tradução simultânea, em fase de teste. Já para o PowerPoint Office 365, a previsão de uso do novo recurso é para o final de janeiro de 2019. A promessa da Microsoft é de um desenvolvimento tecnológico com atenção em acessibilidade,e pretende quebrar também as barreiras da língua na comunicação. Consequentemente, a empresa estará contribuindo para uma sociedade digital cada vez mais inclusiva. 

MATAV Visita o Instituto Laramara

A instituição é referência em projetos de inclusão e desenvolvimento de tecnologia para deficientes visuais

Em uma visita ao Instituto Laramara tivemos a oportunidade de conhecer um pouco da história do instituto e o seu trabalho social em habilitação e acessibilidade. Hoje o instituto existe como uma unidade de negócios, onde o lucro é revertido para a Laramara, que atende gratuitamente a comunidade no bairro Barra Funda, da cidade de São Paulo. A empresa foi formada pelo casal Mara e Victor Siaulys, que reuniu profissionais em busca de encontrar soluções para a educação de sua filha Lara. Fundando assim uma instituição que visa a inclusão da pessoa com deficiência, e tem como base três pilares principais: a família, a educação e o trabalho. A visita foi guiada pelo voluntário Antônio Carlos, que também é deficiente visual, ele explica: “O nome Laramara vêm da junção dos nomes da mãe e da filha, e é essa relação de amor e família que buscamos reproduzir aqui no Instituto. Eu espero que até o final da visita você fique tipo “agora sim”.

A instituição Laramara atende pessoas cegas ou de baixa visão e que tenham deficiências múltiplas além da visual, sem restrições de idades, apesar de seu maior público ser o infantil, representando 90% dos atendimentos. Ele se destaca com base na independência e inclusão dessas pessoas na sociedade. Com seu centro de desenvolvimento de tecnologias assistivas, o Laratec  e também laboratórios de informática em seu prédio. Além de contar com uma gama de profissionais que prezam pela autonomia social como circular pela cidade ou navegar na internet e estimulam os conhecimentos sensoriais e culturais com aulas de música e artes plásticas.

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#ParaCegoVer:  Na foto temos a visão de fora de uma sala de música do Instituto Laramara, visto por uma grande janela de vidro.  Ao lado da janela existe uma placa escrito “Música” com o logo do Instituto, o desenho de um olho na cor azul.  No interior da sala vários violões pendurados em uma parede, caixas de som, cadeiras e outros instrumentos musicais.

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#ParaCegoVer: Na imagem temos duas fotos, uma em cima da outra, de diferentes ângulos de uma sala de artes plásticas do Instituto Laramara. Na primeira, cavaletes expõe pinturas e desenhos, enquanto na segunda, duas estantes expõe esculturas coloridas. 

“Tudo aqui na Laramara é baseado no brincar”, afirma Antônio, segundo ele, quanto mais estimulada é a criança, melhor é a sua visão com o passar do tempo. É  por isso que hoje, o número de pessoas atendidas com baixa visão é maior do que as que têm perda de visão total, pois estão recebendo estímulo desde cedo. 

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#ParaCegoVer: A imagem mostra um pátio coberto com brinquedos de plástico com escadas e escorregadores coloridos. 

A Laramara forma parcerias com escolas da cidade de São Paulo, oferecendo curso para a capacitação de professores e profissionais da educação, e até da família para que a criança atendida tenha total apoio em seu desenvolvimento e não seja privada da experiência de estudar em uma escola comum ou de ir à um passeio em um parque de diversões, por exemplo. É realizada também a fiscalização nas escolas de seus alunos para verificar se está sendo feita a inclusão das crianças nas aulas, e principalmente nas atividades recreativas. “Inclusão é em tudo, é na escola, na brincadeira, no passeio, no esporte, na igreja, na faculdade, trabalho, balada. Tem que ser em tudo, se não é, então não há inclusão”, explica o guia.

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#PraCegoVer: Na imagem um técnico funcionário do Instituto Laramara mostra como funciona os ampliadores de tela, que permitem uma ampliação dos conteúdos do papel que podem ser vistos por uma tela, permitindo que pessoas com baixa visão possam ler um livro, por exemplo.

Se para as crianças o mais importante é brincar, para o adulto é a autonomia de ir e vir, por isso a Laramara têm um módulo específico em “Orientação em mobilidade”. O pilar do trabalho é impulsionado com cursos e orientações para o mercado e desenvolvimento profissional, com módulos de comunicação onde é possível aprender a língua inglesa, informática, projeto de vida, cidadania, apresentação pessoal, etc. Como disse Antônio, cada indivíduo é único e tem que ter a liberdade para desenvolver suas habilidades e gostos pessoais. A missão é trabalhar com as potencialidades, e não com as deficiências. O objetivo final é que a criança que descobriu o mundo através da brincadeira,  possa tornar-se um cidadão produtivo, social e feliz. 

 

MATAV visita a Fundação Dorina Nowill para cegos

A instituição oferece serviços de apoio à inclusão e promove a disseminação de cultura informação com acessibilidade

Propagar o acesso à cultura e informação para deficientes visuais foi a missão de Dorina Nowill, que deixou seu legado em sua Fundação que contribui até hoje como uma instituição de referência em acessibilidade no Brasil. Atualmente a fundação Dorina trabalha com cerca de 130 funcionários e 400 voluntários atuando na habilitação e reabilitação de deficientes visuais. A empresa está há mais de 70 anos na cidade de São Paulo prestando serviços gratuitos à comunidade com um projeto de inclusão, principalmente em três pilares: educação, trabalho, autonomia.

A educação está em seus princípios desde sua criação, pois sua fundadora, Dorina, foi uma estudante cega e na época havia poucos livros em Baille no Brasil. Mesmo sem livros apropriados ela se destacou em sua escola e ganhou uma bolsa de estudos nos Estados Unidos em 1946, onde teve contato com o que havia de mais avançado em reabilitação para pessoas com deficiência visual. Em sua volta para o Brasil, Dorina decidiu trazer essas mudanças para seu país, criando a  Fundação Para o Livro do Cego, com uma imprensa Braille em 1960. Uma das prioridades da fundação é a garantia do acesso à cultura e informação para a comunidade com deficiência visual, tudo começou com o projeto da Dorina de produzir livros em braille no Brasil e a produtora de livros cresceu e existe até hoje, fornecendo livros e materiais escolares em Braille para todo o Brasil gratuitamente.

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#ParaCegoVer: Na imagem temos duas fotos, uma em cima da outra. A primeira mostra duas portas de vidro de duas salas com adesivos amarelos  onde se lê “Editora” e “Revisão”, respectivamente. Ao lado das salas, uma estante expõe alguns dos livros publicados pela Editora da Fundação Dorina Nowill, em Braille. Na segunda foto, temos o interior de uma sala com uma grande mesa retangular e nela várias impressoras.

Com o tempo e a modernização foram surgindo os áudio-livros, antes gravados em fitas, hoje estão disponíveis em CD’s em seu acervo e também em uma plataforma online, a Dorinateca, biblioteca digital da fundação, onde qualquer cego pode fazer o seu cadastro e ter acesso à audiolivros através do site. Em sua sede, localizada na Vila Clementino, além de salas de atendimento especializado, a fundação também conta com O Centro de Memória Dorina Nowill, uma imprensa gráfica de livros em Braille e um estúdio de locução onde produzem os audiolivros.  No mesmo local, todos os materiais produzidos são revisados por voluntários cegos que aprovam e garantem um conteúdo acessível de qualidade.

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#ParaCegoVer: Na imagem temos duas fotos, uma ao lado da outra.  A primeira Mostra a Biblioteca de Audiolivros da Fundação Dorina Nowill, vista por uma janela de vidro, com um adesivo onde se lê “Aqui tem livro acessível”. Temos também na mesma imagem uma funcionária segurando uma pasta de documentos e ao fundo, um funcionário organiza as estantes do acervo. Na segunda foto temos o estúdio onde são gravados os audiolivros, podemos ver uma cabine sonora, com microfone, computadores e uma caixa de som.

“Temos que lembrar que a inclusão não se faz por decreto. É um processo e como tal leva tempo. Implica em mudanças estruturais na cultura, na construção de uma nova postura pessoal e pedagógica, na vida de relação e na sociedade”. Dorina Nowill

Para agendar sua visita à Fundação é só entrar em contato pelo telefone: (11) 5087-0955

ou mande um e-mail para: centrodememoria@fundacaodorina.org.br